Ambipar avança em preparativos para Recuperação Judicial na próxima semana
Crise financeira acelera medidas de emergência na empresa de gestão de resíduos
A Ambipar Participações e Empreendimentos S.A., empresa brasileira de soluções ambientais com sede em São Paulo, está finalizando os preparativos para protocolar um pedido de recuperação judicial em um tribunal do Rio de Janeiro já na próxima semana, conforme fontes familiarizadas com o assunto revelaram à Bloomberg News. As negociações com credores e assessores ainda estão em curso, e o cronograma pode sofrer alterações, mas a companhia busca estabilidade em meio a uma série de desafios financeiros que ameaçam sua operação.
Fundada em 1995 e atuante em mais de 40 países, a Ambipar acumulou dívidas estimadas em até R$ 15 bilhões, impulsionadas por emissões de green bonds e uma expansão agressiva que a levou a uma valorização acionária de mais de 800% em anos recentes.
No entanto, desde setembro, os títulos em dólar da empresa despencaram para mínimas históricas, refletindo preocupações com investigações de conformidade pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), alertas de agências de rating, problemas de governança corporativa e a saída de executivos chave, incluindo o ex-diretor financeiro.
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As ações negociadas na B3 sob o código AMBP3 caíram mais de 35% em dias recentes, após uma nota de esclarecimento e uma reunião do ex-CFO com a CVM, acendendo alertas no mercado de capitais.
No final de setembro, a Ambipar obteve uma proteção emergencial de um juiz no Rio de Janeiro, que suspendeu cobranças, execuções e ações de enforcement contra a companhia e suas subsidiárias por 30 dias, com possibilidade de prorrogação por igual período.
A medida veio após a empresa alertar o tribunal sobre o risco iminente de colapso financeiro, desencadeado por demandas de credores que poderiam ativar cláusulas de inadimplência cruzada em sua dívida.
Para lidar com a situação, a companhia contratou assessores como o banco BR Partners para negociações de dívida e está próxima de engajar a Seneca Evercore para uma reestruturação mais ampla, possivelmente incluindo processos nos Estados Unidos, onde concentra parte de suas obrigações.
O controlador da Ambipar, o empresário Tercio Borlenghi Junior, tem atuado diretamente em negociações para evitar a execução de garantias e a potencial venda de ativos como a Emae, empresa de energia no estado de São Paulo.
Paralelamente, o Deutsche Bank moveu ação judicial para cobrar dívidas da companhia, intensificando a pressão sobre sua liquidez.
A Ambipar, que não comentou o assunto, também enfrenta escrutínio por polêmicas acumuladas ao longo dos anos, incluindo irregularidades em programas de recompra de ações que impulsionaram um rali de 1.000% no papel.
Esse cenário se insere em um contexto mais amplo de distress corporativo no Brasil, com empresas como a Braskem recorrendo a consultores para revisar estruturas de capital em meio a turbulências econômicas.
Nas redes sociais, o tema ganhou tração, com postagens recentes da Bloomberg Línea Brasil destacando o pedido iminente e analistas como Filipe Villegas alertando para impactos na bolsa.
Publicações em veículos como Folha de S.Paulo e Estadão reforçam a narrativa de uma trajetória de ascensão rápida seguida por uma crise de confiança sobre o caixa da empresa.
A recuperação judicial, se aprovada, permitirá à Ambipar reestruturar suas obrigações sob supervisão judicial, preservando operações em um setor essencial como a gestão de resíduos. Investidores e analistas acompanham de perto os desdobramentos, que podem influenciar o sentimento de mercado em relação a emissões sustentáveis e governança corporativa no país.
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