Advogado de elite Luiz Fernando Pacheco é encontrado morto e polícia abre inquérito para investigar causas
Criminalista de renome, parceiro de Márcio Thomaz Bastos em causas históricas, é encontrado desfalecido em rua de Higienópolis; OAB-SP declara luto e polícia investiga circunstâncias
A classe da advocacia brasileira acordou com uma notícia que ecoa como uma perda irreparável: o criminalista Luiz Fernando Pacheco, de 55 anos, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (2) em uma rua do bairro de Higienópolis, na zona central de São Paulo. Reconhecido por sua trajetória de mais de três décadas na defesa penal, incluindo atuações em casos emblemáticos como o Mensalão, Pacheco deixa um vazio na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo e entre colegas que o descrevem como um “defensor das boas causas”.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, Pacheco foi localizado após três dias de desaparecimento, sem contato com amigos e familiares desde a terça-feira (30 de setembro). Policiais em patrulha na região foram acionados por uma testemunha que relatou ter visto um homem “passando mal, convulsionando e com dificuldade de respirar”. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram o indivíduo “desfalecido ao solo” e acionaram imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Transportado de ambulância para o Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia, Pacheco não resistiu e faleceu durante o atendimento. Sem documentos pessoais no momento da ocorrência, sua identificação só foi confirmada por meio de exame papiloscópico realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), vinculado à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. As circunstâncias exatas da morte – que incluem hipóteses como mal súbito ou possível exposição a elementos ambientais – estão sob investigação da Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar possíveis irregularidades.
A consternação na comunidade jurídica foi imediata. O presidente da OAB-SP, Leonardo Sica, emitiu nota oficial lamentando a perda: “Perdemos um advogado brilhante, defensor das boas causas, amigo de todos. Dedicou sua vida com paixão, energia, ética e boa fé ao direito de defesa e às prerrogativas dos cidadãos. A ordem está em luto profundo”. A entidade decretou luto de três dias e planeja uma homenagem durante assembleia extraordinária.
Nascido em São Paulo, Pacheco iniciou sua carreira em 1994 no prestigiado escritório do saudoso Márcio Thomaz Bastos, um dos maiores nomes da advocacia criminal brasileira, que defendeu figuras como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2000, ascendeu a sócio da banca, atuando em defesas complexas durante o escândalo do Mensalão, em 2005, onde representou réus em um dos maiores julgamentos da história recente do país. Sua expertise em direito penal o levou a militância ao lado de renomadas advogadas como Sônia Cochrane Ráo, Dora Cavalcanti, Sandra Pires, Camila Nogueira Gusmão Medeiros, Ana Lúcia Penón e Marina Chaves Alves, conforme destacado no perfil oficial de seu escritório.
Em 2013, Pacheco fundou o Luiz Fernando Pacheco Advocacia, um boutique de advocacia criminal com sede em São Paulo, focado em rigor técnico e ético. O site da banca enfatiza que o escritório, “pequeno como devem ser os bons escritórios de advocacia criminal”, conta com profissionais dedicados à “prestação da advocacia criminal com o mais alto nível de rigor técnico e ético”. Especializado em defesas em esferas federais e estaduais, o grupo atuava de forma autônoma, priorizando causas de direitos humanos e prerrogativas profissionais.
Buscas em redes sociais e portais jornalísticos revelam o impacto da notícia entre pares. No X (antigo Twitter), colegas compartilharam memórias de sua generosidade, como um post de um advogado anônimo que o descreveu como “um mentor incansável para jovens criminalistas”. A Folha de S.Paulo, em coluna de Mônica Bergamo, destacou o “choque na elite jurídica paulistana”, mencionando encontros recentes de Pacheco em eventos do grupo Prerrogativas, rede de advogados progressistas que ele integrou ativamente. Blogs especializados, como o ConJur (Consultor Jurídico), publicaram tributos iniciais, reforçando seu legado em debates sobre garantismo penal.
Embora não haja indícios de crime até o momento, a morte repentina de um profissional tão ativo em causas sensíveis – incluindo críticas ao sistema carcerário e defesas em processos políticos – reacende discussões sobre a vulnerabilidade de advogados em contextos de alta pressão. A OAB-SP reforça o compromisso com a segurança da classe, citando que, em 2024, o Brasil registrou aumento de 15% em ameaças a criminalistas, segundo dados internos da entidade.
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