Adolescente confessa envenenamento de bolo que matou jovem em SP
Caso chocante na Grande São Paulo revela ciúmes como motivação de crime; polícia investiga detalhes da tragédia
Uma tragédia abalou a cidade de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, com a morte de Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, após consumir um bolo de pote envenenado com arsênico.
Na manhã desta terça-feira, 3 de junho de 2025, uma adolescente de 17 anos foi apreendida pela Polícia Civil após confessar ter colocado a substância tóxica no doce, motivada por ciúmes, segundo seu depoimento. O caso, registrado como morte suspeita, está sob investigação da Delegacia de Itapecerica da Serra, que busca esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido.
O bolo, entregue à residência de Ana Luiza no bairro Parque Paraíso no sábado, 31 de maio, por um motoboy, veio acompanhado de um bilhete com a mensagem: “Um mimo pra garota mais linda que já vi”, com “Lulu Linda” escrito no verso. A encomenda foi recebida pela irmã da vítima, de 18 anos, por volta das 17h. Ana Luiza chegou em casa cerca de uma hora depois e consumiu o doce. Menos de uma hora após a ingestão, por volta das 18h50, ela começou a sentir mal-estar e foi levada pelo pai a um hospital particular, onde foi diagnosticada com intoxicação alimentar. Após receber medicação e soro, a jovem apresentou melhora e teve alta.
No entanto, no domingo, 1º de junho, Ana Luiza voltou a passar mal. Por volta das 16h, seu quadro se agravou drasticamente, e ela foi levada novamente ao pronto-socorro. Segundo o relatório médico, a adolescente chegou ao hospital em parada cardiorrespiratória, com cianose (coloração azulada da pele devido à falta de oxigenação), hipotermia e sem sinais vitais. Apesar dos esforços da equipe médica, incluindo procedimentos de reanimação cardiopulmonar, Ana Luiza não resistiu. A causa aparente da morte foi apontada como intoxicação alimentar, mas exames do Instituto Médico Legal (IML) foram solicitados para confirmar a presença de arsênico no organismo da vítima.
A confissão da adolescente apreendida trouxe um novo rumo às investigações. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a Delegacia de Itapecerica da Serra solicitou a apreensão da suspeita, que admitiu ter colocado arsênico no bolo por ciúmes. O arsênico, uma substância altamente tóxica, é conhecido por causar sintomas graves, como náuseas, vômitos, dores abdominais e, em casos de alta exposição, pode levar ao colapso de órgãos e à morte. A SSP informou que as diligências continuam para esclarecer a origem do veneno e como ele foi introduzido no alimento.
A loja Menina Trufa, identificada na embalagem do bolo, pronunciou-se nas redes sociais, negando qualquer envolvimento na entrega do doce. Segundo a dona da empresa, Josieli Franca, uma pessoa desconhecida adquiriu o bolo na loja física, e a entrega foi realizada por um motoboy de aplicativo, sem vínculo com a marca. “O produto saiu da loja e não sabemos por onde passou. Todas as nossas entregas são feitas por motoboys próprios, com nossa bag rosa e logo”, afirmou a empresária em uma publicação no Instagram. Em respeito à família de Ana Luiza, a loja decidiu suspender as atividades na terça-feira, 3 de junho.
O caso gerou comoção nas redes sociais, especialmente entre colegas de Ana Luiza, que estudava no terceiro ano do ensino médio na Escola Estadual João Baptista de Oliveira, em Itapecerica da Serra. Uma publicação na página do “terceirão” G da escola descreveu a jovem como “doce, gentil, sorridente e simpática”. “Com um enorme peso, nossa sala se despede de uma linda estrela. Ana foi, e sempre será, parte da nossa história”, dizia o post, que expressava condolências e apoio à família. O velório de Ana Luiza ocorreu na manhã de terça-feira, no Cemitério Municipal Recanto do Silêncio, onde ela foi sepultada.
A investigação agora se concentra em entender como a adolescente suspeita teve acesso ao arsênico, uma substância controlada e de uso restrito, e em esclarecer os detalhes da entrega do bolo. A polícia também analisa o bilhete que acompanhava o doce, apreendido junto com a embalagem e outros itens, para identificar possíveis pistas sobre a motivação do crime. A comunidade de Itapecerica da Serra permanece chocada com o caso, que levanta questões sobre segurança alimentar e os perigos de presentes anônimos.
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