A América Latina é um palco interessante para se analisar ondas políticas. A partir do século XIX, quando as ex-colônias conquistaram suas independências, diversos ciclos políticos ensejaram um perfil muito peculiar da cultura latino-americana.
Dos projetos liberais das elites aristocráticas e letradas novecentistas, a região assistiu a um ciclo de mudanças sociais importantes em meados do século XX até os anos 1960, quando um novo ciclo autoritário se espraiou na região, até um árduo processo de redemocratização que percorreu as décadas de 1980 e 1990.
Após um período de grande abertura econômica ao final do século XX, uma primeira onda de esquerda assumiu um inédito protagonismo em países como Venezuela, Equador, Bolívia e Brasil, sem contar os novos espaços conquistados no Chile, Uruguai e Argentina, já no início do atual século.
Muito impactante, essa onda praticamente hegemonizou a região, quando foi criada a UNASUL, que buscava avançar os espaços criados pelo Mercosul. Liderada pelo Brasil, essa organização foi responsável por consolidar a ideia geopolítica das relações Sul-Sul no mundo globalizado.
A partir da crise de 2008 e seus impactos nas economias nacionais, diversas nações latino-americanas sofreram com a inflação e um novo déficit econômico em suas contas, causando um aumento do desemprego e queda nos índices socioeconômicos alcançados em tempos de alto valor agregado nas exportações das commodities.
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