Já se sabe o resultado real das urnas venezuelanas. Como as urnas eletrônicas lá utilizadas (modelo AES 3000 da Smartmatic) geram um boletim quando a votação é encerrada, e esse comprovante (lá chamado de ata) possui um hash e QR Codes únicos, os mesários e fiscais em locais de votação puderam imprimir e fotografar os boletins, antes das urnas serem retiradas pelo exército venezuelano.
Tais boletins foram enviados a diversas instituições, o que possibilitou uma apuração independente onde, com a leitura do QR Code, foi possível identificar os votos presentes em cada urna e cravar que o candidato da oposição, Eduardo Gonzalez, derrotou Nicolas Maduro, fato também comprovado por apurações da Associated Press, o que levou ao reconhecimento, por parte dos Estados Unidos, de Gonzalez como Presidente eleito.
Mas, o resultado oficial das eleições foi outro. Pode-se pensar que acreditar que um regime ditatorial fosse produzir eleições limpas e justas seja um tanto quanto ingênuo, mas talvez não seja esse o ponto. A história nos ensinou que Fidel Castro nunca perdeu uma eleição em Cuba, assim como Kim Jong-um (que herdou o poder da dinastia familiar) também nunca perdeu na Coreia do Norte ou mesmo Putin, que ganha uma eleição após a outra na Rússia. Por essa lógica, parece evidente que Maduro não perderia essas eleições.
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