O Brasil pretendia comprar 36 veículos blindados de Israel por cerca de R$ 1 bilhão, mas a aquisição foi vetada pelo governo federal. Como resposta, o ministro da defesa, José Múcio, afirmou que o Brasil cria embaraços diplomáticos na área da defesa ao recusar a fazer negócios com outros países por ideologia.
Antes de acusar o governo do qual ele faz parte, o ministro deveria fazer uma análise mais ampla sobre a suspensão da compra. Além disso, o exército brasileiro deve comprar 420 viaturas blindadas Guaicurus da fabricante italiana Iveco. Segundo a Força, a aquisição custará cerca de R$ 1,4 bilhão.
Nesse contexto é necessário lembrar que o governo federal vem sofrendo forte pressão do mercado financeiro para manter o equilíbrio fiscal. O governo recentemente congelou cerca de R$ 15 bilhões em busca desse equilíbrio cortando recursos nas áreas da cultura, educação e saúde.
Por que então aumentar as despesas públicas em cerca de R$ 2,4 bilhões na compra totalmente dispensável de armamentos? Com esse valor, é possível construir cerca de 26.700 casas populares (Abrainc dados 03/2023). Entre gastos com armamentos e investimentos em educação, cultura, saúde ou habitação, não há dúvida de que a sociedade sabe onde deve se investir o dinheiro público.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a Painel Político para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.