A censura à imprensa em um país referência de liberdade
Por José Alves Trigo*
A determinação do Pentágono, nos Estados Unidos, obrigando os jornalistas a apresentarem as informações antes destas serem publicadas é uma afronta ao exercício da profissão por não atender a uma das premissas basilares da função jornalística, que é a independência do exercício da profissão.
Em tese pode-se discutir que segredos militares, que coloquem em risco a defesa ou planos da nação, poderiam ter sua divulgação questionada ou controlada. Mas mesmo nesse caso essa proibição é questionável, pois o compromisso da imprensa não é com o governo americano (nem com o brasileiro) e sim com a sociedade. Vamos imaginar que, em tese o governo americano estivesse interessado em invadir outro país. A imprensa americana teria a obrigação de divulgar mesmo que contrariasse os interesses nacionais.
Trata-se uma luta, aberta, do governo americano contra o que ele chama de “imprensa tradicional”, os grandes conglomerados, e não inclui as redes sociais. O grande prejudicado com essa luta são as liberdades democráticas e o exercício da profissão. E o mais estranho é que isso ocorra em uma nação que sempre se orgulhou de defender a liberdade de expressão, manifestada na sua Primeira Emenda. Censurar as informações é uma atitude que tem se registrado apenas em nações autoritárias.
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