93 anos da conquista do voto feminino no Brasil: um marco de resistência e protagonismo
Por Juliana Daher Delfino Tesolin*
No dia 24 de fevereiro de 1932, o Brasil testemunhou um passo fundamental para a democratização do país: a conquista do direito ao voto feminino. Foram décadas de luta para que as mulheres pudessem exercer a cidadania plena, rompendo barreiras que as excluíam da vida política nacional.
Durante o período colonial e imperial, a política brasileira era um espaço exclusivamente masculino. As mulheres eram relegadas ao ambiente doméstico, privadas de participação ativa na esfera pública. Essa realidade começou a ser questionada no final do século XIX e início do século XX, quando movimentos feministas surgiram no Brasil inspirados pelas lutas internacionais pelo sufrágio feminino.
A figura de Bertha Lutz, uma das maiores líderes do movimento sufragista no Brasil, foi essencial nessa trajetória. Cientista, advogada e ativista, Lutz liderou campanhas e debates para garantir a inclusão das mulheres no cenário político. Em 1919, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), organização que pressionava o governo por mudanças legislativas.
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