1X apresenta Neo: O primeiro robô humanoide para o lar chega ao mercado global por US$ 20 mil
Financiado pela OpenAI, o assistente doméstico promete aliviar o peso das tarefas diárias, mas desperta alertas sobre privacidade e limites da autonomia – você confiaria em um robô em casa?
Em um marco para a robótica consumer, a empresa norueguesa 1X, com sede em Palo Alto, nos Estados Unidos, anunciou recentemente o início das vendas globais de seu primeiro robô humanoide projetado especificamente para ambientes domésticos: o Neo. Com um preço base de US$ 20 mil (equivalente a cerca de R$ 112 mil, considerando a cotação atual), o dispositivo chega acompanhado de um serviço de assinatura mensal de US$ 499, visando tornar a tecnologia acessível a longo prazo. O lançamento, que abre pré-vendas imediatas, prevê entregas iniciais nos Estados Unidos em 2026, com expansão para mercados globais, incluindo o Brasil, em 2027.
O Neo mede 1,68 metro de altura e pesa apenas 30 kg, características que o tornam ágil e seguro para conviver em lares com crianças e pets. Equipado com inteligência artificial avançada, o robô é capaz de executar tarefas cotidianas como lavar louça no lava-louças, organizar objetos, regar plantas e até dobrar roupas – tudo ativado por comandos de voz ou via aplicativo móvel.
Sua bateria suporta até quatro horas de uso contínuo, e uma câmera integrada permite monitoramento remoto pelo proprietário, atendendo à demanda por “supervisão” em tempo real. A 1X descreve o Neo como o primeiro assistente humanoide projetado para liberar completamente as pessoas das tarefas domésticas chaves, integrando IA para aprendizado contínuo e adaptação a rotinas familiares.
No entanto, o verdadeiro diferencial – e ponto de controvérsia – reside no “modo especialista”. Em cenários complexos ou imprevistos, como objetos fora do padrão ou ambientes bagunçados, a IA do Neo pode não ser suficiente para autonomia total. Nesses casos, após autorização explícita do usuário, operadores remotos assumem o controle via óculos de realidade virtual, guiando o robô em tempo real para completar a tarefa. Essa abordagem híbrida, que combina IA com intervenção humana, é vista por analistas como um passo pragmático para a viabilidade prática, mas levanta questionamentos sobre a dependência de suporte externo. Em postagens recentes no X (antigo Twitter), usuários como o influenciador de tecnologia Brett Adcock, fundador da Figure AI, destacaram desafios reais, como a manutenção de um traje de tecido no robô, que pode acumular sujeira de tarefas domésticas ou acidentes com pets e crianças.
As preocupações com privacidade emergem como o epicentro dos debates. O mecanismo de tele-operação implica que terceiros possam “entrar” visualmente no lar do usuário, gerando temores sobre vigilância indesejada. Diante disso, a 1X emitiu declarações claras para mitigar riscos: Os operadores remotos não conseguem ver rostos ou informações de identidade dos membros da família; o fluxo de vídeo será tratado em tempo real com desfocagem; Os usuários podem definir áreas proibidas (como dormitórios e escritórios), e o robô não entrará nelas; e Todas as intervenções remotas devem ser autorizadas ativamente pelo usuário, e o processo completo será rastreável e cancelável.
A empresa reforça que a proteção de dados é um pilar fundamental, com criptografia local de todas as informações e proibição de uso para treinamento de modelos de IA. Ainda assim, vozes críticas, como o analista Mike Adams (conhecido como HealthRanger no X), classificaram o marketing da 1X como “enganoso”, comparando-o a escândalos passados como o da Nikola, e alertando para decepções com a autonomia limitada do robô em lares reais, cheios de “edge cases” imprevisíveis.
O respaldo da OpenAI impulsiona o projeto. Em março de 2025, a 1X captou US$ 23,5 milhões em uma rodada Series A2 liderada pelo OpenAI Venture Fund, após um aporte de US$ 100 milhões em 2024 com investidores como EQT Ventures e Samsung. Esse apoio sinaliza confiança no “valor da inteligência corporal”, como destacado pela 1X, e posiciona o Neo como pioneiro na consumificação de robôs humanoides – em contraste com modelos de pesquisa que custam dezenas de milhares de dólares.
Analistas do setor, em veículos como o Interesting Engineering e o Sifted, enfatizam que o impacto do Neo vai além da substituição humana: ele valida a integração de IA, mecânica e cooperação homem-máquina em espaços íntimos como a sala de estar. Reações no X, incluindo postagens da VivaTech e do portal francês Presse-citron, mostram um misto de empolgação e ceticismo, com usuários questionando se o futuro dos lares já chegou ou se ainda patina em promessas.
Como bem resumiu um observador: o Neo não é sobre “substituir o humano”, mas sobre provar que robôs podem habitar – e ajudar – o caos da vida real.
O que você acha do Neo? Ele facilitaria sua rotina ou aumentaria suas preocupações com privacidade? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe este artigo com amigos que amam tecnologia – juntos, debatemos o futuro que já bate à porta!
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