Empresário que desviou R$ 2,6 bilhões em criptomoedas e esposa são sequestrados e esquartejados nos Emirados Árabes
Um golpe bilionário em criptomoedas termina em tragédia brutal: casal é atraído por falsos investidores, mantido em cativeiro e desmembrado em busca de uma fortuna digital inexistente
O mundo das criptomoedas, conhecido por suas promessas de riqueza rápida e volatilidade extrema, ganhou um capítulo sombrio com o assassinato do empresário russo Roman Novak, de 38 anos, e sua esposa Anna Novak, de 37 anos. O casal, que vivia uma vida de ostentação em Dubai após um histórico de fraudes financeiras, foi sequestrado em 2 de outubro de 2025, atraído a um resort nas montanhas de Hatta, próximo à fronteira com Omã, por criminosos que se passavam por potenciais investidores. O que começou como uma reunião de negócios terminou em uma execução cruel, com os corpos desmembrados e abandonados em lixeiras de um shopping center local, conforme relatado pelo portal russo Fontanka.
A polícia de São Petersburgo, na Rússia, lidera as investigações em cooperação com as autoridades dos Emirados Árabes Unidos. Até o momento, oito pessoas foram presas em conexão com o crime, incluindo três principais suspeitos – Konstantin Shakht, de 53 anos; Yury Sharypov; e Vladimir Dalekin –, todos de nacionalidade russa, com um deles originário do Cazaquistão. Os demais são jovens russos com menos de 25 anos, muitos deles antigos investidores lesados pelo esquema fraudulento de Novak. As prisões ocorreram na Rússia, e os três principais foram detidos preventivamente até 28 de dezembro de 2025, segundo fontes próximas à investigação citadas pelo jornal Komsomolskaya Pravda.
Roman Novak havia sido condenado em 2020 a seis anos de prisão por fraude em grande escala na Rússia, após criar o aplicativo Fintopio, uma plataforma de investimentos em criptomoedas que prometia retornos rápidos e atraiu cerca de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões, na cotação atual) de investidores antes de ele desaparecer com os fundos. Solto condicionalmente em 2023, Novak fugiu para Dubai, onde retomou atividades no mercado de criptoativos, alegando conexões com figuras como o bilionário Pavel Durov, fundador do Telegram, e sheiks árabes para atrair novas vítimas, incluindo empresários da China e do Oriente Médio. No entanto, ele estava sob nova investigação por desvio de mais de US$ 380 milhões em um suposto projeto de desenvolvimento de negócios, conforme reportado pelo Komsomolskaya Pravda.
A vida do casal era marcada por postagens nas redes sociais que exibiam luxo excessivo: fotos ao lado de carros esportivos como um Rolls-Royce avaliado em mais de US$ 1,9 milhão e um Cobra britânico vintage, viagens em jatos particulares e visitas à Disneylândia. Anna Novak, ex-repórter de TV em São Petersburgo, frequentemente aparecia nessas imagens, reforçando a imagem de sucesso que mascarava o passado criminoso do marido. Nas redes, Novak se apresentava como um “manipulador talentoso” capaz de operar no mesmo nível de magnatas globais, mas fontes russas o descreviam como um fraudador habilidoso que convencia vítimas a entregar fortunas com promessas vazias.
De acordo com investigações preliminares, o casal foi levado a uma villa alugada em Hatta sob o pretexto de uma reunião de investimentos. Lá, os sequestradores exigiram as senhas de acesso à carteira digital de criptomoedas de Novak. Quando descobriram que o saldo estava vazio – sem os milhões esperados –, a situação escalou para violência extrema. “Segundo informações preliminares, Novak e sua esposa foram sequestrados para pedido de resgate. Quando os criminosos perceberam que não receberiam o dinheiro, mataram os dois”, relatou uma fonte à imprensa russa, citada pelo Komsomolskaya Pravda. Evidências incluem traços de sangue de Anna Novak na villa e no carro alugado, além de uma pilha de facas encontrada próximo ao local do crime, conforme o Fontanka.
O último contato conhecido do casal ocorreu pouco antes do sequestro: Novak enviou mensagens pedindo US$ 200 mil, alegando estar “preso nas montanhas perto da fronteira com Omã”. Seus telefones foram desligados permanentemente em seguida, e os restos mortais ainda não foram totalmente localizados, com partes espalhadas em contêineres próximos a um shopping em Hatta. O Comitê Investigativo da Rússia abriu um inquérito por homicídio após o desaparecimento ser reportado por parentes, que não tinham notícias do casal há quase um mês.
O caso ganhou repercussão global, com cobertura em veículos como o New York Post e o Times of India, destacando os riscos do ecossistema de criptomoedas, onde fraudes e vinganças armadas se entrelaçam com a busca por riqueza digital.
Nas redes sociais, como o X (antigo Twitter), o tema viralizou, com postagens questionando se o crime reflete um “viés anti-russo” ou pura vingança de investidores lesados. Um usuário destacou: “Eles o mataram porque ele era russo? Inacreditável”, em referência a um meme sobre o caso, enquanto outros alertavam para os perigos de “golpes em Dubai”. Relatos de fontes como o Novaya Gazeta Europe enfatizam que os sequestradores, todos russos, planejavam um resgate ou acesso a contas bancárias, mas falharam em obter qualquer valor, levando à execução.
Essa tragédia reforça debates sobre a regulação de criptoativos em paraísos fiscais como Dubai, onde expatriados russos fugindo de sanções e investigações domésticas buscam refúgio, mas acabam expostos a redes criminosas transnacionais. As autoridades emiradenses e russas continuam a busca por evidências adicionais, incluindo possíveis ligações com vítimas internacionais do esquema Fintopio.
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